Soneto de Maio
Suavemente Maio se insinua
Por entre os véus de Abril, o mês cruel
E lava o ar de anil, alegra a rua
Por entre os véus de Abril, o mês cruel
E lava o ar de anil, alegra a rua
Alumbra os astros e aproxima o céu.
Até a lua, a casta e branca lua
Esquecido o pudor, baixa o dossel
Esquecido o pudor, baixa o dossel
E em seu leito de plumas fica nua
A destilar seu luminoso mel.
A destilar seu luminoso mel.
Raia a aurora tão tímida e tão fragil
Que através do seu corpo tranparente
Que através do seu corpo tranparente
Dir-se-ia poder-se ver o rosto
Carregado de inveja e de presságio
Dos irmãos Junho e Julho, friamente
Preparando as catástrofes de Agosto...
Dos irmãos Junho e Julho, friamente
Preparando as catástrofes de Agosto...
(Vinícius de Moraes)
Porque começar o dia lendo o meu poetinha favorito é muito melhor!
Esse mês tem muitos aniversariantes especiais: Dani Osório (01), Tio Chiquinho (07), Eu (09), Zilma (10), Katya D´Angelles (10), Paula (11), Elisabeth Sá e Thays (28). Se eu tiver esquecido de alguém, podem puxar minhas orelhas aí nos coments, ok?
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