(In) Sana!: Do que você tem medo?

Do que você tem medo?

Fazendo pose sexy chique para mim mesma.







Ah, de uma porrada de coisas! De falhar, de não corresponder às expectativas (minhas e dos outros), de não conseguir controlar esse meu jeito “escancarado” de ser. Medo dos olhares nunca se voltarem para outro foco. Medo de morrer sem antes fazer pelo menos metade daquilo que eu sonho. Mais talvez o meu maior medo seja de ficar só. Fico vendo as pessoas casando, namorando na rua, curtindo uma noite, o que seja e isso me deixa cada vez mais triste, porque me fazem ver o quanto a minha vida amorosa foi um desastre até aqui. E cada dia mais esse medo toma conta de mim.
Talvez eu tenha deixado essa pessoa escapar. Talvez ela nunca tenha aparecido realmente. Ou talvez eu esteja simplesmente olhando para o lado errado. O certo é que eu continuo sozinha, ano após ano, noite após noite.

Chega de aventuras momentâneas, não que elas não sejam boas para aquietar o corpo de vez em quando, mas são passageiras, e eu não quero mais isso para mim. Talvez por isso eu não o encontre, exatamente por estar procurando. Mas se eu desistir, como é que ele vai saber que sou eu?

As pessoas me olham como se eu fosse diferente. Como se eu fosse uma pessoa iluminada. Como se que não tivesse o direito de reclamar. Afinal, eu sou feliz. Muitos comentam a sorte que eu tenho na vida. Criam uma imagem de uma Sana que eu não sei bem quem é. Acho que ninguém me conhece realmente, nem eu mesma.

Ninguém sabe do quanto me sinto inadequada na maior parte do tempo. Do medo que sinto de não pertencer a essa vida que escolhi para mim. Do vazio das conversas que eu não queria ter e tenho. Da falta de interlocutor. Sim, eu sei. Ninguém se conhece realmente, apenas pensamos que sabemos bastante de nós mesmos.

Ninguém entende as minhas piadas, as minhas tiradas irônicas. Alguns pouquíssimos mortais são capazes de acompanhar o meu raciocínio louco. E olha que eu ele tem girado a anos luz nos últimos meses.

Eu tenho medo de uma porrada de coisas. Mas assumo as minhas fraquezas e acho que quando revelamos os nossos sentimentos eles se tornam menos aterrorizantes. Ter medo é bom, é uma defesa, uma proteção. É impossível se ” livrar ” dele . É um sinal de alerta, como a dor.

Beijos e uma ótima semana a todos.

P.S: Daní e Carol, muito obrigadinha por lerem as minhas baboseiras e por escreverem coisas tão lindas sobre mim e sobre vocês mesmas. Me ajudam a refletir sobre quem eu sou e quem eu quero ser. Amo!

Um comentário:

Anônimo disse...

Fique sabendo que vc não é única no mundo que tem esse medo... e não é a única que está cheia desses relacionamentos momentâneos. Estou na mesma situação que você... ter um desastre de vida amorosa... ver várias amigas casando ou se arrajando e eu continuar sozinha. Tenho certeza que várias pessoas passam ou já passaram por essa fase na vida. Temos que acreditar que o é nosso está guardado... E temos que ter consciência que não precisamos de outra pessoa para nos sentir completa... temos que ter outra pessoa que nos faça uma pessoa melhor e que juntos possamos crescer.... enquanto isso vamos nos dedicando ao nosso trabalho... à nossa família... e aos nossos amigos... Já me martirizei demais com as decepções...por as coias não terem sido como eu esperava... e o que nos resta é esperar e ter esperança.... algo está reservado para nós sim.... pode ter certeza!
Beijos, Carol.